Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2016

ÔH TREM DANADO DE BOM, SÔ!!!

Imagem
Os trens sempre foram importantes em minha vida e na vida de minha família. Meu pai, o meu avô paterno e meu avô materno, além de tios – tanto da família de minha mãe, quanto do meu pai – sustentaram as famílias trabalhando, até a aposentadoria, na extinta Central do Brasil.  Confesso que guardo certa nostalgia dos trens nos meus tempos de criança. Eram eles que traziam a maior parte das notícias, das pessoas e todo o tipo de mercadoria. A chegada do trem era quase uma festa na estação! A vida na cidade parava porque sabíamos que ali estariam as novidades, os amores distantes, a carta esperada, o amigo saudoso, o operário cansado, as boas e as más notícias. Estação ferroviária de Itabirito - MG (Acervo pessoal) Naqueles tempos a TV ainda não tinha dominado as nossas vidas, nem as rodovias tinham a importância que desfrutam hoje. Para o meu olhar de criança, o trem não era um meio de transporte, era quase um ser vivo! Ele era responsável por algumas de nossas maiores e

A SACRALIDADE DA COMIDA: UMA PROSA SOBRE O ATO DE COMER E DE COZINHAR

Imagem
Se há uma lição que aprendi com minha mãe e com minhas avós é que "comida é sagrada". Na minha família só se joga fora a comida estragada. Mas cuida-se muito para que ela não chegue a esse ponto. De minha parte, depois que andei escrevendo sobre o Japão num dos meus livros didáticos, descobri a importância dada, pelos nipônicos, à comida e passei a crer que, mesmo sem ter os olhos amendoados e cabelos lisos, a família "Barbosa da Silva" talvez tenha um pezinho na Terra do Sol Nascente. Os japoneses educam seus filhos para jamais deixarem um grão de arroz sobrando no prato. Isso é considerado uma grave falta de educação no país. Uma descortesia! Meu pai sempre que via um farelo ou restos de qualquer comida jogado no chão, nos advertia: "não pise que é pecado"! Se é pecado, eu não sei, mas isso sempre nos remeteu a ideia do respeito à comida. Pois bem, a nossa família sempre foi pobre. Assim como os japoneses do passado, nossos pais e avós viven