MINHA VIDA NO IRAQUE, NOS TEMPOS DE SADDAM HUSSEIN- CAPÍTULO 5
Capítulo 5: No meio do caminho para Bagdá tinha uma prisão e os prisioneiros fomos nós! Alouí (blusa branca), Valéria (ao centro) e Alfredo no Portal de Ishtar, na Babilônia Em final de março e início de abril de 1987, houve um feriadão nacional no Iraque. Se não estou enganada, acho que era o início do Ramadã daquele ano. O Ramadã é um período que marca um mês inteiro de jejum, orações e cerimônias religiosas. O respeito ao Ramadã é próprio da religião islâmica que tem por objetivo aproximar os seguidores do Profeta Mohamed (ou Maomé) ao Deus Alá e lembrá-los do sofrimento dos menos favorecidos e assim, incitá-los à prática também do Zakat. Traduzido de modo equivocado como “dar esmola”, o Zakat é uma espécie de “dízimo” pago anualmente (cerca de 2,5% dos ganhos de cada muçulmano), que será usado para ajudar os menos favorecidos daquela comunidade islâmica, a qual o fiel pertença. O Ramadã não tem uma data fixa, pois segue o Calendário Islâmico que é baseado no ciclo lunar