MINHA CONTRIBUIÇÃO AOS GOVERNOS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E FEDERAL DO BRASIL


Sim, eu tenho algumas (muitas) reclamações a fazer. Mas adianto, antes que algum paneleiro me venha com o mantra usado pela falta de argumentação do tipo: “você votou em Dilma e também votou em Temer e não pode reclamar do governo”, quero dizer que posso reclamar sim. Vou lhes dar um exemplo, confiando que compreenderão minha analogia: eu também escolhi o homem com o qual me casei. Entretanto, isso não dá a ele o direito de me trair, de desrespeitar o pacto que fizemos ao casar. Não sou obrigada a aceitar calada todos os seus desmandos, só porque assinei um contrato de união, assim como não sou obrigada a manter o casamento, estando infeliz. Se você aceita uma situação dessas e fica confortável, não é problema meu. Respeito sua posição e seu direito à infelicidade e/ou ao conformismo, mas eu penso diferente.
Dito isto, então vamos lá, estamos numa crise profunda e o governo Temer diz que precisamos economizar e cortar tudo que é tipo de investimento e gastos abusivos. Segundo a quadrilha, digo, a equipe, que tomou o poder no país, o governo anterior gastou demais e nos colocou nesse impasse, “obrigando-o” a fazer reformas profundas na Previdência Social, entregando, digo, privatizando tudo o que ainda resta do patrimônio nacional.
Ok. Não sou contra a privatização, se não fizerem como fez FHC, “doando” nosso patrimônio aos amigos que embolsaram a grana, conforme registrado e documentado pela Privataria Tucana, acho até que pode ser uma boa saída para estatais não estratégicas que sempre foram usadas politicamente, como cabides de emprego e moeda de troca entre os coronéis que sempre governaram o país.
Então, senhores do poder, por que não começar cortando onde tem grana sobrando? E tem muita grana sobrando aí, pertinho de vocês! Vão me dizer que, num país onde o salário mínimo não chega a mil reais, um ser humano que ganha mais de 30 mil (fora os penduricalhos) vai morrer de inanição? Me erra, camarada!

Fonte: http://photos1.blogger.com/x/blogger/2022/4142/1600/470409/quero%20meu%20voto%20001.jpg
(Acesso em 22 nov. 2016)
Analisem comigo: até agora, as medidas tomadas pelos senhores são temerárias, como o próprio governo, com propostas que SÓ, e EXCLUSIVAMENTE SÓ, visam sacrificar a classe trabalhadora (no caso, a desempregada, né?). Aliás, o alto e médio escalão do governo continua a gastança, o uso indiscriminado de aviões da FAB em viagens particulares... Aos amigos do rei, tudo, não é? Não vi NENHUMA proposta para reduzir as mordomias do Congresso e das Câmaras Legislativas estaduais e municipais. E olha que elas são muitas! Considerando APENAS o salário médio de um deputado federal, sem descontos, ele é de R$ 33.763,00.
 Além desse salário “de fome”, eles têm, por exemplo, o direito a Auxílio-moradia. O valor indicado representa a média de gastos de acordo com o uso do benefício em cada época. Atualmente, o valor é de R$ 4.253,00. Mas só quem não usa apartamento funcional tem direito ao benefício. Atualmente, 319 deputados ocupam os apartamentos localizados na Asa Sul e na Asa Norte. No que se refere a saúde, os deputados são ressarcidos em serviços médicos que não podem ser prestados no Departamento Médico (Demed) da Câmara, em Brasília. Esses são apenas dois dos muitos benefícios.


Quando se analisam as Assembleias Legislativas Estaduais, outras aberrações são encontradas. No Maranhão, um dos estados mais pobres do Brasil, o salário de 20 mil reais é acrescido por 17, 5 mil reais em verbas indenizatórias e mais 20,9 mil reais de ajuda de gabinete, fora outras gratificações que podem fazer o saldo bancário chegar fácil, fácil em mais de 80 mil reais por mês, para um “trabalhador” que não bate ponto e “trabalha” 4 dias por semana.
E há ainda os carros oficiais (todos de alto padrão, NENHUM é carro popular), auxílio combustível, cartões corporativos, etc., etc., etc..
De minha parte, não quero mais pagar os jantares para “convencer” o Congresso a votar as propostas do governo, não tenho como pagar nem mesmo o café da manhã com a galera aliada do governo, com a mesma finalidade.
Por isso eu proponho que o governo comece a fazer a reforma por aí. Depois façam uma faxina nos ganhos e mordomias do judiciário e dos marajás do serviço público e, por fim, fazendo retornar aos cofres públicos TODA a grana roubada por políticos e particulares dos nossos impostos. 
Caso o governo Temer não queira cortar tais custos, para não sacrificar essa parcela da “classe trabalhadora”, insisto que comece a reforma com todos que apoiaram o impeachment, afinal, eu posso estar enganada, mas o silêncio conivente das panelas me leva a crer que eles parecem não se incomodar e que aceitam o sacrifício de bom grado.
Fica a dica!

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