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Mostrando postagens de 2017

BRASILEIROS, ESSA ENTIDADE SEM ROSTO!

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   A pergunta que mais se ouve no país pós-golpe de 2016, no qual o governo ilegítimo exercido pelo consórcio PMDB/PSDB/DEM faz e desfaz com o país e com nossos direitos é:  - Será que NINGUÉM vai reagir?    Mais comum ainda é ouvir o comentário que segue a pergunta: - Ah... O “brasileiro” é assim, não reage. É apático. Sempre foi.    Aí eu me pergunto: - Quem é essa “entidade” que chamamos de “brasileiro”?   E tenho me feito esse questionamento há algum tempo e, confesso rabugenta, que isso é algo que me irrita cada vez mais, à medida que eu envelheço. É que eu me pego refletindo numa questão que, para mim, Sílvia, é fundamental: para nós, o “brasileiro” é sempre o outro. É uma criatura desconhecida que, ora é vista como um ser superior aos demais humanos; ora é o vira-latas de sempre.    Esse modo de ver e se referir a essa entidade “brasileira” não escolhe classe social, credo ou etnia. Angélica Huck, numa chamada de seu programa no canal Viva

ESSE É UM PAÍS QUE VAI PRA FRENTE? LÁ TEM UM ABISMO. VAMOS ENCARAR?

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Temer está pedindo ajuda aos empresários para fazer a reforma da previdência para, segundo os golpistas, acabar com privilégios. A questão é que em nenhum momento fala-se em mexer com aposentadorias de políticos, do judiciário ou de procuradores. Aí me pego a pensar em como a nossa oligarquia é mais inteligente e cruel que os demais oligarcas latino-americanos! Me explico: nossa oligarquia consegue, com maestria, convencer parte significativa da classe média de que faz parte da sua “thurminha” sempre que perde o poder e quer retomá-lo e assim defender seus interesses mais espúrios como, por exemplo, retirar direitos e impor condições sociais aviltantes ao povo. Seu único objetivo sempre é o de assegurar mão de obra barata para si e manter seus próprios privilégios. Vende o discurso da “necessidade de se fazer sacrifícios para o bem do país” e essa parcela da classe média (e até alguns pobres) compra tais “valores” e o repete como mantra, crente de que está – de fato – fazendo o bem

QUEBRANDO A REGRA E BATENDO TAMBOR PRA MALUCO DANÇAR

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Eu não escondo de ninguém que estou adorando e desfrutando muito a minha maturidade. Envelhecer está sendo libertador. Sim, é tudo verdade: o avançar da idade nos liberta da opinião que os outros têm de nós. E isso é revolucionário! Vivo aquele tempo em que me dou o direito de escolher ir à festa com aquela sandália confortável e feia, no lugar daquele elegantíssimo salto agulha que certamente me impedirá de curtir o momento, lembrando-me, a cada segundo, que tenho pés e que eles estão sendo violentados pelo peso do meu corpo sobre aquela sandália frágil. Sinto como se, por vingança, as “delicadas” e caríssimas  tiras do sapato optassem por torturar, machucar e sangrar meus pés. E não há "torturante band-aid no calcanhar" (como cantou João Bosco) que alivie a crueldade do calçado comprado com único objetivo de cumprir as exigências de um encontro que poderia ser muito mais feliz e agradável, não fosse o desconforto da indumentária. Bom, quis dar esse exemplo

ERA UMA VEZ UMA GENTE (QUE FOI) FELIZ

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Alerta: essa é uma história de ficção. Qualquer semelhança com a realidade, terá sido mera coincidência! Era uma vez um hipotético país latino-americano, que em toda a sua existência havia sido comandado pelas mais tradicionais e perversas oligarquias do continente. Esse país passou por grandes transformações na primeira metade do século XXI, mas essas mudanças não foram muito bem vistas pelas tais oligarquias. Fonte: http://www.culturaalternativa.com.br/media/k2/items/cache/236e0cbada492c3c0a22e59215775515_XL.jpg (acesso em 16 jul 2017) Na verdade, os oligarcas-chefes daquele país latino-americano hipotético estavam se sentindo incomodados com os rumos políticos e econômicos dos últimos tempos. Com o colapso do socialismo e o fim da União Soviética, meio sem se dar conta, eles abriram a guarda e partidos de esquerda conseguiram eleger seus candidatos a cargos importantes, inclusive para a Presidência da República. Em princípio ficaram surpresos, mas acharam que não

EU, O BRASIL, MEUS LAMENTOS E A MINHA ESPERANÇA EQUILIBRISTA

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Sempre amei muito o Brasil! Até recentemente, tinha muito orgulho de ser brasileira. Sempre soube dos nossos problemas, mas nos via como um povo digno de todas as reverências e acima dos demais povos do mundo.  Acho que é porque em quase toda a minha vida olhei para nós brasileiros com uma lente que filtrava as nossas maiores imperfeições, nossos preconceitos, nossa ignorância, nossa indiferença. Passei toda a adolescência - vivida no auge da ditadura - sem saber o que acontecia no resto do país. Formei-me – das séries iniciais até o ensino médio – no interior de Minas Gerais e só tomei conhecimento que tínhamos essa mancha em nossa história ao entrar para a UFMG em 1983, quando os militares se preparavam para deixar o poder e devolvê-lo aos civis em 1984. O meu Brasil adolescente não teve tortura nem arbitrariedades, o que me ajudou a construir essa imagem quase imaculada de nós brasileiros. Fato é que o Brasil aparecia em minha lente de jovem interiorana de modo a só nos enxergar